Casema, há 25 anos no mercado
Artigo Publicado no Diário Imobiliário
21 de Julho de 2015
Casema, há 25 anos no mercado
Fundada oficialmente no início de 1993, a Casema é umas das mais antigas e reputadas empresas construtoras de casas de madeira no mercado nacional. A sua sede é em S. Jorge, Porto de Mós, mas as casas que produz tanto podem ser construídas no Brasil — onde possui uma fábrica —, como nos EUA, um dos países que mais conhecimento tem neste domínio e onde a construção em madeira, fora das grandes cidades, é o paradigma. Nuno Rebocho, fundador e sócio-gerente da Casema responde às perguntas do “Diário Imobiliário”.
Como avalia o mercado em Portugal, em particular a sua evolução nos últimos anos…?
O Mercado da construção, em geral, teve uma enorme queda nestes últimos anos. Os bancos deixaram de financiar o crédito habitação e as pessoas viram-se privadas de poder construir a sua casa, mesmo aqueles que tinham até condições para suportar os encargos a que ficariam sujeitos.
O mesmo aconteceu no mercado das casas em madeira. Se bem que os nossos clientes são pessoas que normalmente tem a sua vida organizada e não recorrem na totalidade ao crédito habitação, o que sucedeu é que realmente, mesmo aqueles tinham dinheiro retraíram-se nos gastos e isso refletiu-se muito na opção de compra de casa. Nota-se agora que já existe por parte da banca alguma abertura para voltarem a financiar e o mercado começa novamente a mexer mais qualquer coisa.
Quais as principais reticências que os consumidores portugueses colocam a este tipo de produto?
Na verdade nós estamos no mercado há quase 25 anos, e hoje em dia as pessoas estão muito mais informadas dos benefícios que podem ter ao viver numa casa de madeira.
O que ainda existe na cabeça de algumas pessoas é que a casa de madeira é uma opção porque será muito mais barata e isso é completamente errado. Para se ter uma construção com qualidade, condições de habitabilidade e durabilidade, as coisas não podem custar aquilo que alguns “players” do mercado tentam vender, a preços muito baixos, aliciando as pessoas por essa via, mas no fundo o que lhes arranjam é um monte de problemas.
Ainda há os que pensam que por ser de madeira se pode construir de forma ilegal, e vem muitas vezes ao engano de promessas de resolução do seu problema, mas as nossas construções não são para se executar a título provisório ou título precário. Hoje, a grande maioria das pessoas que nos procuram sabem perfeitamente o que querem e o porquê da opção de uma casa em madeira. A informação que existe e a facilidade do acesso à mesma, só pode levar a uma conclusão: só não está bem informado quem não quer…
Entre que valores pode variar o preço de metro quadro de construção nas casas construídas pela Casema?
Nas construções de edifícios em madeira não temos propriamente valores por m2, pois influencia muito o tipo de arquitectura e, sobretudo, a especificidade da mesma para que se tenha um valor da construção. As peças em madeira podem ser substancialmente mais caras ou mais baratas, dependendo, por exemplo, dos seus comprimentos.
A Arquitetura e o know-how é nacional… ou tudo é importado?
Como referimos, já temos quase 25 anos de actividade em Portugal. Cada casa que fazemos é um “fato à medida”, digamos assim. Nós encontramos a solução de engenharia para as propostas de arquitectura que desenvolvemos ou nos fazem chegar.
Em termos de produção, se for em madeiras exóticas temos fábrica no Brasil há já muitos anos e, no que toca a madeiras mais macias, trabalhamos essencialmente com os Estados Unidos, país reconhecidamente como um dos mais desenvolvidos no que toca a construção em madeira, onde 86% das construções fora das grandes metrópoles são em madeira. Por isso a nossa mais-valia passa, exatamente, pelo know-how que temos vindo a desenvolver e a acumular ao longo de um quarto de século, associado a uma constante troca de experiências com o que de melhor e mais avançado se faz por esse mundo fora em termos de madeira.
Quais as vantagens de adquirir uma casa em Madeira?
Bom, as casas de madeira proporcionam logo à partida uma qualidade de vida única. As suas condições de habitabilidade, com um conforto e um bem-estar incríveis. Outra grande vantagem é a rapidez de construção — entre 30 a 90 dias e tem a casa completamente pronta a habitar (dependendo do projeto em causa).
Depois, se analisarmos em termos de sustentabilidade do nosso planeta, a casa construída num material natural como é a madeira tem um reduzidíssimo consumo energético na produção da própria matéria prima, o que faz com que a energia necessária para produzir os materiais para uma casa de alvenaria, daria para construir 40 iguais em madeira. Numa altura em que toda a gente se preocupa tanto com consumos energéticos é cada vez mais uma questão a ter em conta.
No final da vida útil da casa (passados muitos e muitos anos) não deixamos entulhos nem lixos, pois a mesma pode servir para muitos reaproveitamentos e, no limite, será transformada em mais energia.
Em termos ecológicos, um material com as características da madeira e a que já fizemos referência — que ao longo da sua produção (crescimento das árvores) armazena toneladas de CO2 — tem que ser encarado, como já o é noutros países, como algo que tem que ser incentivado em termos do seu uso massivo, com planos sustentados de reflorestamento. Para além disso, temos baixas exigências de manutenção e uma beleza estética que agrada à maioria das pessoas. Enquadramentos paisagísticos com excelente integração visual e material são seguramente, cada vez mais, motivos para colher mais e mais adeptos.
Artigo em: http://www.diarioimobiliario.pt/Entrevistas/Casas-de-Madeira-em-Portugal-Casema-ha-25-anos-no-mercado