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Todos nós sonhamos em ter um dia uma casa, naquele terreno que nos foi dado pelos nossos pais ou em algum sítio que nos marque e com o qual nos identificamos. Depois de termos em nossa posse esse terreno começamos logo a pensar como é que a casa vai ficar! A frente virada para a estrada, uma grande sala com varanda para receber os amigos e se der, ainda colocamos uma piscina. Tudo perfeito!
É aqui que o departamento técnico da CASEMA em conjunto com o cliente, na elaboração dos projetos, entra em acção e apresenta pequenos pormenores do seu terreno que antes você, possivelmente não tinha equacionado.
Imaginamos que esteja a pensar que ninguém conhece melhor o seu terreno que você, mas na conceção do seu projeto pensou na orientação solar sobre o seu terreno de forma a que a casa fique com boa iluminação natura? Tendo esta informação como referência devem ser desenvolvidas medidas para se aproveitar o melhor possível a exposição solar, a nível térmico e em termos de iluminação, de modo a reduzir as necessidades energéticas da habitação.
A iluminação natural é a melhor iluminação que uma casa pode ter!
Para o território Português, tendo em conta a situação geográfica do País, o quadrante Sul é o que recebe maior radiação solar ao longo do dia, logo será nesta orientação o maior aproveitamento de ganhos solares. Tendo em conta este aspeto, as janelas das divisões viradas a Sul apanham bastante sol durante todo o dia, tornando-as nas divisões mais quentes da casa. Como a luz solar nestas zonas é tão intensa será necessário prever as medidas de proteção das janelas, portas ou aberturas de modo a controlar a entrada da mesma. Assim, deve dar-se prioridade a Sul às divisões mais habitadas para que no Inverno se possam assegurar os ganhos solares indispensáveis ao contributo para melhores condições térmicas e de bem estar (saúde e conforto).
Por oposição, o quadrante Norte é aquele que recebe menor quantidade de radiação solar direta, verificando-se assim perdas térmicas. Esta orientação é ideal para situar partes menos nobres da casa como garagem, dispensa, lavandaria ou arrumos, pois a entrada de luz é uniforme e necessitam de poucas aberturas para o exterior.
Em relação às divisões orientadas a Este/Nascente, estas contam com a entrada de raios solares ao longo do período da manhã, sendo que no Verão esse período é bem mais forte.
Contrariamente, a Oeste/Poente a radiação solar só será sentida no período da tarde até ao anoitecer. A ter em conta que estas divisões tendem a ser mais quentes que as viradas a Nascente porque a temperatura ambiente costuma ser mais alta que a da manhã.
De uma forma resumida, uma possível orientação seria:
– Norte: Garagem, arrecadações, vestíbulos, circulações, com poucas ou nenhumas aberturas para o exterior;
– Este/Nascente: quartos de dormir e wc’s com janelas de pequena ou média dimensões protegidas pelo exterior;
– Sul: Sala comum/estar e janelas de grandes dimensões, protegidas pelo exterior;
– Oeste/Poente: cozinha e escritórios com janelas de pequena ou media dimensão.
Desta forma deixamos aqui algumas sugestões para tirar partido da energia solar:
Crie uma cortina de plantas de folha caduca, um alpendre encoberto de vegetação ou apenas uma compacta área com arbustos junto a uma fachada orientada a Nascente, Sul ou Poente de forma a constituir um espaço de atenuação climática que, para além de contribuir para o conforto ambiental, torna mais atrativa a permanência nos espaços adjacentes.
Como de Verão para Inverno, o sol anda mais alto ou mais baixo, a projeção de platibandas ou alpendres de proteção dos alçados onde a superfície vidrada é maior permite que se tenha uma climatização quase natural do edifício.
De Verão como o sol anda mais alto as mesmas platibandas ou alpendres devidamente bem dimensionados permitem uma proteção total da incidência dos raios solares, protegendo o edifício de sobre aquecimento.
De Inverno como o sol circula mais baixo, essas mesmas proteções é como se não estivessem lá e assim aquece naturalmente a casa.
O Sol é a nossa maior fonte de energia e o aproveitamento da sua orientação torna-se tão importante como o panorama de uma habitação. A radiação solar incide nas janelas de vidro e aquece de forma natural o espaço interior, chegando a ter um potencial de melhorar até cerca de 30% as necessidades energéticas de um edifício a nível de conforto.
Os cinco elementos da natureza - água, madeira, fogo, terra e metal - são aqueles que definem as quatro direções. A harmonização com essas forças naturais activa a nossa bússola interior e recebemos de forma adequada as suas energias.
A Norte temos a água;
a Nascente a madeira;
a Sul temos o fogo;
a Poente o metal;
estando ao centro a terra.
A cada um destes elementos está associado uma energia que pode ser usada em beneficio das pessoas que habitam uma casa, se houver uma boa organização do espaço. A água representa a tranquilidade, a madeira é estimulante, o fogo é a energia da expansão, o metal é a energia do recolhimento e a terra a energia da segurança.
Numa casa que tenha dois ou três quartos pode escolher, segundo os elementos, qual será o ideal para dormir e qual o ideal para as crianças. Por exemplo, no quarto de casal a energia terra promove a tranquilidade, segurança e proteção enquanto que para um quarto de criança a escolha mais acertada seria a madeira porque tem uma energia mais dinâmica. Como mencionamos anteriormente a Sul deve estar a sala estar/área social porque é influenciada pela energia fogo, que está associado ao lado social.